O babaçu (Orbignya Phalerata) é uma palmeira que pode alcançar até 30 metros de altura e possui suas características folhas arqueadas. Pode ser encontrado não somente no Brasil, mas também em outros países da América do Sul, como Bolívia, Guiana e Suriname. Em terras brasileiras, ocupa uma área de aproximadamente 25 milhões de hectares e ocorre mais expressivamente no Maranhão, Piauí, Pará e em Mato Grosso. Aparece também em partes isoladas dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rondônia e Tocantins.

Da palmeira pode-se aproveitar praticamente tudo: frutos, folhas, estipe e raízes, mas o fruto é o seu principal produto e  tradicionalmente o mais utilizado. Tem 100% de aproveitamento e seus produtos de  grande utilidade em diversas áreas tais como medicamentos, cosméticos, geração de energia, alimentação humana e animal, fabricação de chapas de aglomerados, entre muitas outras. A  Comissão Europeia lista 29 substâncias químicas advindas do babaçu utilizadas como ingredientes em indústrias de cosméticos. Além disso, o babaçu é considerado a maior fonte de óleo silvestre do mundo.

Créditos: Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

O fruto (o coco de babaçu) possui, além da parte fibrosa, amêndoas e farinha amilácea que são comestíveis e contém características nutritivas muito ricas. Da amêndoa é possível extrair o óleo de babaçu, uma rica iguaria culinária utilizada para preparar alimentos e refeições mais saudáveis e também para uso cosmético. O óleo é rico em ácidos graxos como o láurico e o mirístico e é estável quando exposto a altas temperaturas, por isso é considerado uma boa alternativa aos outros óleos vegetais (milho, soja e girassol).

A farinha, outro derivado deste fruto, é rica em amido e sais minerais praticamente sem presença de sódio e isenta de glúten. É utilizada como suplemento alimentar, fabricação de pães, bolos, cookies, panquecas, entre outros, e possui benefícios à saúde.